Com o tema “Era morador de rua e me acolheste” a Pastoral do Povo de Rua participou da 174ª Festa de N. Srª da Glória, padroeira de Valença, no dia 6 de agosto. Foi uma noite de oração, de crescimento da fé e de ação de graças por tudo o que vivenciamos em nossa “missão” junto aos excluídos.
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Neste dia, foi possível fazer uma releitura destes dez anos de trabalho pastoral e de nossa convivência como “amigos da rua”. Foi recompensador ver o sorriso e o orgulho daqueles que conseguiram, com muito esforço e o amparo necessários, vencer a barreira da exclusão social e estavam ali, junto aos seus amigos e familiares para agradecer a Deus pelo dom da vida. “Amigos da Rua” - não há expressão mais significativa para exprimir o trabalho que realizamos: acolher, ouvir, dialogar, auxiliar, orientar, corrigir, apoiar, promover, amparar, reerguer... É o que fazem os amigos! Relembramos em nossas orações os amigos que já estiveram e os que continuam ao nosso lada nesta caminhada — a Prefeitura Municipal de Valença; a indústria e o comércio da cidade; a Associação Balbina Fonseca que atualmente patrocina as obras de ampliação da Casa de Acolhida Regina Lúcia Fonseca de Gomes; os colaboradores de carnês - amigos conhecidos e anônimos que ajudam a prover as necessidades de cada dia para acolher àqueles que não encontraram um outro caminho a não ser a vida da rua. Desde a criação do Pastoral do Povo de Rua um grande e fiel amigo nos acompanhou: Pe. Medoro, o presidente da Casa de Acolhida. Hoje, com muita tristeza, nos despedimos dele e desta agradável convivência diária que nos torna melhores e que nos enriquece com a fortaleza de sua fé e sabedoria. Pe. Medoro sempre estará presente no trabalho da Pastoral do Povo de Rua. O seu afastamento é apenas geográfico, pois a partir de 1º de setembro passa a conduzir a Paróquia de São José Operário em Três Rios, dando continuidade ao seu Ministério Pastoral. Continuaremos, no entanto, ligados pelos laços do coração. Amigos partem, mas não vão só, sempre levam um pouco de nós e deixam muito de si. Pe. Medoro nos deixa lições profundas de gratuidade, disponibilidade, humildade, doação, solidariedade e amor ao próximo. Deixa também para a Pastoral do Povo de Rua sua estola sacerdotal que irá nos lembrar de sua luta e do nosso comprometimento para a construção de uma sociedade menos injusta. Que leve todo nosso carinho, amor, orações, gratidão e o reconhecimento por tudo o que fez por nós. Tomara podermos reencontrar muitas vezes este grande amigo.