A Pastoral do Povo de Rua realizou nesta sexta-feira o piedoso exercício da Via-Sacra no interior da Catedral de Nossa Senhora da Glória. Estavam presentes, assistidos, agentes de pastoral, Padre Edilson, propedeutas e amigos.
Maria Ignez Francischetti Suzano conduziu nossa caminhada pelas estações da Via-Sacra, reproduzindo e atualizando os momentos da Paixão de Cristo desde Sua condenação à morte, sepultamento e ressurreição.
Nossos irmãos de rua percorrem também uma longa via-sacra e com muitas estações. Basta ouvir as histórias da vida de cada um e logo eles nos contam uma história dolorosa marcada pelo sofrimento. Uma via-sacra feita de dor, abandono, exclusão. Mas também de momentos de pequenas alegrias, quando encontram mulheres e homens que, como Verônica e Cirineu , enxugam os seus rostos e aliviam o peso de suas cruzes.
Em nossos encontros semanais, durante o tempo da Quaresma, Maria Ignez sempre frisava que o sofrimento não é desejado por Deus, mas permitido por nós. Por nossos corações egoístas, cheios de ódio, rancor, apego.
“Jesus não falava sobre o sentido do sofrimento, mas agia ao se deparar com ele: curou cegos e aleijados; deu esperança a uma pecadora que queriam apedrejar; falou-nos a respeito do bom samaritano que socorreu um ferido à beira da estrada e sobre a necessidade de tomarmos a cruz; convidou os aflitos a procurá-Lo e prometeu aliviar a dor dos que Lhe entregassem seus problemas. Ele quer que entremos em seu coração para que aprendamos a ser como Ele é. Ele foi tudo para todos”. (Dom Murilo Krieger).
